terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Amor nos Tranquiliza



Chega de tanto placebo! Gastamos ‘rios’ de dinheiro com remédios que trazem promessas de felicidade e não nos damos conta dos benefícios do amor, que nos é dado de graça. Quem começou a amar deixou de ser infeliz.

Milagres acontecem na nossa vida no momento em que começamos a amar. Cuidamos mais da nossa aparência. Lutamos pela nossa sobrevivência. Fazemos de tudo para ser feliz e assim fazer feliz quem está ao nosso lado. Os milagres que o amor nos traz revelam a importância de cultivá-lo a cada dia. Quem não o procura, deixa de aproveitar o que a vida tem de melhor.

Fechar-se ao amor é entrar em balanço e nunca reabrir as portas. Parar para avaliar os ‘estoques’ da nossa vida é algo sensato. Fechar as portas do coração e evitar assim um novo amor é assinar um contrato com a miséria. Deixar de procurar alguém ou algo para amar, só por causa das decepções, é sinal de que não estamos preparados para lidar com o fracasso e quem não está preparado para perder, não acha sabor no ganhar.

Não dá para viver sozinho. “A solidão é fera, a solidão devora”, a solidão é o prêmio dos covardes, daqueles que passaram a vida inteirinha fugindo das pessoas com medo de se decepcionar. Viver só é tão cruel como se perceber doente e se recusar a tomar o remédio que salvará a nossa vida.

Sei que o amor tranqüiliza. Dissipa a dor e põe coragem no caminhar. Reergue o caído e cumula de alegrias quem vai ao seu encontro. Quem ama traz o céu dentro de si. Não se importa em procurar pessoas perfeitas para amar. Ama quem está ao seu lado e vai ajudando quem hoje erra a se tornar alguém melhor. É bem melhor procurar um colo para repousar, do que levantar o dedo para julgar, condenar.

Paulo Franklin

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Como ajudar os outros

Só tem força para ajudar o caído aquele que permanece de pé.



Vive mais e melhor quem não se deixa envolver com os problemas dos outros. Sofrer as dores de alguém é tão cruel quanto à dor que este alguém está sofrendo. Ajudar quem sofre sim. Tornar seus os problemas do outro, jamais.


É um risco que corremos: conviver com pessoas doentes e ficarmos doentes também. Ouvir pessoas pessimistas e deixar de acreditar na vida. O ambiente faz a gente, diz o dito popular. E faz mesmo. O local onde somos criados, onde nossos valores são creditados, determina o tipo de pessoa que seremos. É aquela antiga história: quem vive em casa de galinha nunca chegará a voar como águia.


Uma coisa é certa: não somos obrigados a sofrer as dores de seu ninguém. Já temos a nossa cruz pra carregar e isso nos basta. É humano chorar com quem chora. É humano estender o braço a quem está caído. É humano ouvir os problemas do outro para aconselhá-lo. O erro está em tornar sua uma dor que não é sua. Não se ajuda uma pessoa que está se atolando entrando na lama com ela. Só tem força para ajudar o caído aquele que permanece de pé.


Quem hoje sofre procura alguém mais forte para ajudá-lo a sanar sua dor. Um doente não consegue cuidar de outro. Quem quer ser eficiente no auxilio ao próximo precisa entender esta máxima: ajudar-me-ei para ajudar o outro. Sofrer com quem já está sofrendo é sofrimento em dobro. E se já é triste uma pessoa sofrendo, imagine então duas!


Você já tem suas dores. E também precisa de ajuda para saná-las. Ajude-se e encontrarás forças para ajudar também o outro. Ninguém dá aquilo que não tem. Quem é forte para olhar além dos problemas, consegue enxergar solução até onde parece não existir solução. O otimismo que esta pessoa traz, servirá de estímulo para quem precisa da sua ajuda. Saberá, então, direcionar o outro para a correta solução de suas dores, que passa única e exclusivamente por cada um de nós.


Ficamos fortalecidos quando ajudamos alguém em situação pior do que a nossa. Mas transformamos a nossa vida num inferno quando perdemos a nossa paz por querer sofrer exatamente aquilo que o outro está sofrendo. Ser caridoso com o outro significa ajudá-lo a matar a sua fome e não ficar paralisado com ele esperando a morte chegar

Não desista de ninguém

Estou a cada dia mais convencido que não existe pessoa sem “cura”. Ninguém é um caso perdido. Na verdade não existe uma pessoa tão ruim que não possa melhorar e nem alguém tão bom que não possa se tornar melhor. Somos especialistas em condenar quem erra e isolar este alguém como se fosse um caso perdido. Perdemos muitos tesouros por não investirmos neles.



O que me credencia a dizer que uma pessoa é boa ou ruim é a convivência. Quem não deixa que o tempo seja senhor das suas conclusões acaba excluindo de sua vida aqueles que parecem ruins. Quando temos a oportunidade de conhecer o outro, nos damos conta de que nossas primeiras impressões foram infundadas. Costumo dizer sempre assim: como são boas as pessoas que a gente não conhece. Mas o oposto também é verdade: como são ruins as pessoas que a gente não conhece o bastante. A convivência revela qualidades que os olhares de condenação não nos deixa enxergar.



Ninguém nasce “mal”. A maldade é resultado da falta de amor. Quem é valorizado dificilmente se revela alguém de difícil convivência. Todo mundo gosta de ser bem tratado. As pessoas que praticam gestos de maldade só agem assim porque ainda não encontraram alguém que os fizesse redescobrir o amor que existe dentro de cada um de nós. Deixar de investir em alguém que nos parece sem conserto pode até ser mais cômodo, mas não traz resultados favoráveis. O nosso desafio é justamente este: amar quem erra para que os seus erros se transformem em acertos.



Quando convivo com pessoas complicadas descubro dentro de mim uma força até então desconhecida. Percebo que posso mudar, através dos meus gestos de amor e compreensão, qualquer pessoa que hoje só me traz problemas. As pessoas ruins nos desafiam a sermos melhores. Elas nos ajudam a chegar mais rápido no céu. Repito: ninguém é um caso perdido. Quem hoje nos dá dor de cabeça pode ser a pessoa que mais nos ajudará quando dela precisarmos. Se conquistarmos o seu coração, teremos ganhado um amigo e um aliado.



Tenho procurado deixar que o tempo revele as qualidades das pessoas ao meu redor. Tem gente que deixa esta vida e não consegue revelar-se em sua essência. E partem sem deixar nada de si para os outros. É uma pena, mas gastamos muito tempo falando “das” pessoas ao invés de falar “com” as pessoas. Além da convivência, o diálogo é essencial para estreitar os laços que nos unem. Conheça a história das pessoas que você convive e você se surpreenderá com os resultados. Sabendo quem é o outro ficará mais fácil ajudá-lo a se tornar melhor.



Não pretendo desistir de ninguém que Deus colocou em minha vida. Se desistirem de mim continuarei acreditando em mim. O outro sou eu. Se o outro está numa pior eu nunca estarei bem. O meu compromisso é também com o outro. Primeiro amar, depois procurar mudar. O amor vem primeiro, depois as mudanças. Amamos pouco e por isso obtemos poucos resultados. A transformação na vida de qualquer pessoa se dá a partir do momento em que ela descobre que é amada e passa também a amar.

Quem odeia sofre mais do que o odiado

Enquanto escrevia este texto estava ouvindo a música Cara de Família, da cantora religiosa Ziza Fernandes. Chamou-me muito a atenção a letra da música: “o ódio que se guarda vai matando só quem sente”. Simples e claro. Mais direto impossível.

Avaliei a profundidade desta frase e gostaria de repartir com você. Odiar é condição básica para quem foi magoado. Quem sofreu tende a ficar com raiva de quem foi responsável pelo sofrimento. Aprendemos desde cedo a ficar magoados com quem nos machucou. Mas “o ódio que se guarda vai matando só quem sente”. A pessoa odiada não sofre nada. Além de ter magoado alguém, vai continuar machucando este alguém que não conseguiu perdoá-la. É burrice insistir em ficar com raiva desta pessoa. A única “pomada” eficaz para as nossas machucaduras chama-se perdão. Perdoar não é esquecer. Perdoar é lembrar de quem me feriu sem sentir dor. O ódio pode aparecer. A raiva vai chegar. O desejo de vingança também. Mas toda ofensa só se torna prejudicial quando passa a ser ressentida, ou seja, sentida mais uma vez. Ficar imaginando maneiras de se vingar daquela pessoa que nos machucou é gastar energia inultimente. Vamos colocar este algum num lugar privilegiado da nossa mente e ficar o tempo inteiro pensando nela. Que coisa chata esta de ficar lembrando de quem não merece nossa lembrança... Se não conseguimos apagar a pessoa da nossa mente resta-nos a possibilidade de declará-la inocente, ou seja, não ser refém da sua maldade. Eu sofri, mas não vou me entregar ao sofrimento. Eu fui magoado, não vou ficar magoado. Eu fui criticado, mas não vou estacionar na crítica. A decisão de não se contaminar com o veneno lançando sobre nós só depende da gente. Eu não sou obrigado a beber o veneno que o outro me deu. O sentimento é meu e eu tenho o direito de escolher o que eu quero sentir.

Todo plano elaborado para se vingar de alguém é um plano frustrado. Não é o desejo de vingança que deve motivar o meu coração a sair do estado de dor que o outro me deixou, mas sim a capacidade de enxergar os acontecimentos da vida com os olhos de um sábio, e ser sábio é aproveitar os momentos de dor para crescer. Mesmo em meio às críticas, ofensas e desilusões podemos escolher a melhor parte, e a melhor parte é a de quem não se deixou atingir pelo desejo de vingança.

Não pense no que lhe fizeram de mal. Aprenda a extrair lições até mesmo dos momentos mais escuros da sua vida. Quando esperamos demais dos outros sempre nos decepcionamos. Quem é perfeito? Quem nunca errou na vida? Quem nunca precisou pedir e dar o perdão? Só não erra quem não faz nada. Só não aceita quem erra quem não sabe se humanizar, se colocar no lugar no outro e entender sua fragilidade. Da próxima vez que você for ofendido, faça um favor pra você mesmo: treine filtrar os estímulos estressantes e não queira dar respostas imediatas à pessoa que lhe ofendeu. Você foi ofendido, mas não precisa ficar ofendido. Se valorizar demais a ofensa, guardará ódio no seu coração e isso só fará mal pra você mesmo. Se decidir reavaliar a ofensa, entenderá que a decisão de aceitar ou não aquilo que foi dito só depende de você.

Os que as pessoas pensam a nosso respeito não enche a nossa barriga. A opinião dos outros sobre mim só vale quando estou participando de um concurso de beleza. Sensatez e humildade, eis o que nos torna dignos de reconhecermos o nosso lugar na sociedade. Apontar defeitos é coisa mais fácil para quem quer esconder os seus. É fácil ditar regras quando somos irresponsáveis com a nossa vida. Vivemos tão preocupados com a vida alheia que esquecemos de cuidar da nossa...

Não espere demais dos outros. Toda vez que eu fiz isso saí machucado. Toda vez que alguém confiou demais em mim também saiu machucado. Repito: somos falhos demais. Se quisermos viver bem precisamos semear o bem, e o bem só existe no coração que só deseja o bem.

O medo de amar

Por que será que temos medo de amar? Amar é algo que faz muito bem para nós e para as pessoas que nos cercam, mas vivemos constantemente fugindo do amor, inventando desculpas para que ele não cresça e produza seus frutos.

O medo de amar provém das nossas incertezas. Não acreditamos que somos capazes de amar e quando o amor vem com tudo para acontecer em nossa vida, preferimos colocar um ponto final com medo de estarmos vivendo uma ilusão.

Quem teme o amor sempre paralisa na dor. Ainda não entendeu que a verdadeira felicidade só existe na vida de quem soube superar os momentos de solidão para amar com todas as forças do seu coração.

Pessoas egoístas são sempre sozinhas. Contratam vigias para tomar conta da porta do seu coração e não se permitem experimentar o poder do amor. Acreditam estar vivendo uma vida certeira e já nem sabem mais o gosto de um abraço apertado, um beijo demorado ou um encontro de dois corações.

Os momentos vividos com amor são suficientes para a nossa felicidade. Amamos para abastecer o nosso coração de coragem para continuar. Sabemos que alguém deixou de amar quando falta brilho no seu olhar. O amor que vem ao meu encontro me põe de pé e me mostra a direção da felicidade.

Não tenhamos medo de amar. Decepções podem aparecer. Tristeza também. Mas quando se ama de verdade, nem mesmo a morte pode nos tirar a paz. O amor verdadeiro não é infantil. Ama para fazer alguém feliz e criar momentos de felicidades para si também.

Todas as vezes que deixamos de amar deixamos também de viver. Se a nossa vida parece sem sentido avaliemos o quanto temos nos dedicado ao amor. Somos capazes de amar. Temos um estoque enorme dele dentro de nós. O que nos falta é a coragem de começar. Decida por amar e o medo não será mais um obstáculo para a sua felicidade.



Aguardo seu comentário!

Pensamento gera sentimento

Tenha cuidado: sua mente pode se tornar seu pior inimigo! Muitos acham que sofrem por causa dos seus erros, outros porque nasceram pra sofrer. Grande engano! Sofremos, na maioria das vezes, porque criamos monstros inexistentes na nossa mente. Tememos o desconhecido. Sofremos antes de a dor chegar. Ocupamos nossa mente com preocupações vãs. Quem não aprender a administrar os seus pensamentos ficará refém de si mesmo.

Já imaginou o inconveniente de viver temendo algo que ainda não aconteceu? E quem garante que acontecerá? E, se por acaso vier a acontecer, será que a desgraça virá com a mesma intensidade que a imaginamos? Uma mente serena aprende a fazer estas perguntas e não se atormentar por visões distorcidas do amanhã. A dor pode até chegar, mas você ficará mais forte se não se permitir sofrer antes da hora.

É possível sim deixar de ser escravo dos seus pensamentos negativos. Acho que um bom começo é reparar em tudo de bom que a vida tem lhe reservado. Sua vida não é feita só de coisas ruins. Os momentos ruins também fazem parte da sua história, mas você não pode ficar preso a eles. Quando algo de ruim lhe acontecer entenda que é a vida testando sua capacidade em resolver conflitos. Todo coração que foi despedaçado sai da experiência renovado. Ninguém sofre inutilmente. A dor vem para nos tornar fortes.

Se você não aprender a pensar em coisas boas e deixar de lado as imagens negativas, sua vida perderá a cor. Seus dias se resumirão em temer coisas que provavelmente jamais acontecerão. Você estará matando aos poucos a esperança que nos mantém alertas para continuarmos a acreditar na vida. Uma mente perturbada por pensamentos negativos deixa a pessoa mais cansada do que dez trabalhadores braçais (Augusto Cury).

Treine a sua mente para pensar com lucidez. Quando os pensamentos ruins estiverem chegando lembre-se que você tem o poder de selecionar o que quer pensar. Converse com alguém sobre os seus medos. Repare que na maioria das vezes eles não têm sentido algum. O medo é o pior companheiro das pessoas. Ele tapa a nossa visão e impede-nos de enxergar a felicidade que está a nossa frente.

Seja você mesmo e ganhe com isso

Eu me recuso a duvidar das pessoas que duvidam de mim. Não sou melhor do que ninguém e isso me dá o direito de pensar diferente destas pessoas. Se acham que não posso, talvez até estejam certo, mas não me custa nada tentar.



O que somos hoje talvez seja fruto do que ouvimos a nosso respeito. Perdemos a nossa individualidade e passamos a nos comportar como manda a maioria. Ninguém consegue se realizar quando deixa de ser aquilo que deve ser.



Olho para mim e vejo muito dos outros. Perco a chance de mostrar o diferente para alguém por insistir em copiar modelos destes alguém. Não sou e não permito que o outro seja ele. Quero me enxergar no outro, mas exatamente da maneira como mais me satisfaz.



Mania tola esta nossa de achar impossível ser diferente. Passamos a vida inteira imitando um personagem que finge ser feliz, que finge estar tudo bem, obrigado; quando na verdade deveríamos gritar: socorro! Preciso de ajuda! Quem tenta nos impedir de sermos aquilo que somos, provavelmente não é aquela pessoa que deveria ser. É a famosa lei dos caranguejos: uma vez dentro do balde fica impossível sair de lá. Um caranguejo sempre impede aqueles que querem sair.



Rebelar-se é a palavra chave. Rebelar vem de revoltar-se, não aceitar ser manipulado pela maioria. Não é porque todo mundo está usando tatuagem, por exemplo, que eu também devo usar. Se não me resta mais a possibilidade de decidir o que é melhor pra minha vida talvez seja porque já não sou mais dono dela.



Querem nos tirar o direito de decidir. Nascemos livres, mas muitos morrem acorrentados. São as algemas do medo, do pensamento hedonista e excludente que tem permeado as nossas relações. São as correntes que ligam pessoas com a mentalidade baseada no lucro, na posse e no poder. Controlam a nossa vida e ainda aplaudimos gente assim. Achamos estar vivendo num mundo de mil maravilhas, quando na verdade nos falta à coragem de tirar as correntes que nos aprisionam e gritar que somos livres, temos o direito de sermos nós mesmos.



Decida sempre com sabedoria. Avalie cada situação com os olhos da crítica. Tem gente que passa a vida inteirinha entregando aos outros o poder de decisão que cabe única e exclusivamente a elas. A vida é sua e só você sabe o que melhor pra você. Ouvir conselhos é algo sensato, deixar que os outros decidam tudo por você é burrice mesmo.



MASCARA ( Pitty)

Diga quem você é, me diga

Me fale sobre a sua estrada

Me conte sobre a sua vida

Tira

A máscara que cobre o seu rosto

Se mostre e eu descubro se eu gosto

Do seu verdadeiro jeito de ser

Ninguém merece ser só mais um bonitinho

Nem transparecer... consciente ou inconseqüente

Sem se preocupar em ser adulto ou criança

O importante é ser você

Mesmo que seja estranho, seja você

Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro

Meu cabelo não é igual

A sua roupa não é igual

Ao meu tamanho, não é igual

Ao seu caráter, não é igual

Não é igual, não é igual...

Céu ou inferno: a decisão é sua!

Nada consegue despertar no outro o interesse por aquilo que somos e pregamos quanto o amor que dispensamos a esta pessoa. A sabedoria popular ensina que as palavras ilustram, mas os exemplos arrastam. Nada mais certeiro do que isso...



Não se muda ninguém com discursos moralistas. Só muda quem encontra razões convincentes para tal e, por mais que tenhamos bons motivos na ponta da língua, a proposta de mudança só será atraente quando viver temperada com amor.



Quem é ruim nem sempre se reconhece assim. Quantas vezes fazemos coisas que consideramos boas sem ser. Assim também deveríamos sempre enxergar quem erra não com um olhar de reprovação, mas de compreensão. Compreender é dar uma segunda, terceira ou até mesmo uma décima chance para a pessoa errante. E esta nova oportunidade de recomeçar fará do ser errante um ser pensante e, a partir daí, será possível avaliar suas atitudes e buscar agir diferente da próxima vez.



Pensamos ser uma atitude comodista e viciante ser tolerante com quem erra. Preferimos, muitas vezes, apontar o dedo e cobrar mudanças a trazer à pessoa a refletir sobre suas atitudes. Conseguimos pouco ou nenhum êxito em nossos processos de mudar quem erra porque somos levados a pensar que um tapa corrige mais do que um beijo. Ledo engano. O amor tem o poder de desarmar um coração agressivo e levá-lo a revisar sua agressividade, até mesmo nos momentos de tensão. A pessoa não mudará na primeira tentativa, mas quando menos esperarmos, cederá facilmente ao amor que lhe é dispensado.



Somos carentes de amor. Independente daquilo que fomos ou somos hoje, todos nós corremos desesperadamente atrás de alguém que possa nos amar do jeito que somos e nos ajude a superar nossos momentos de dor. Sabendo disso, temos a nossa disposição a única “arma” eficaz para atingir de cheio o coração das pessoas: o amor que existe em abundância dentro de cada um de nós. Se amamos, temos amor. Se não amamos, até o amor que há dentro de nós, secará como uma folha ao sol.



Anote bem isso: você tem o poder de mudar qualquer “tipo” de gente. Não importa o quanto ela seja difícil, complicada ou inacessível: o amor que você dispensar a esta pessoa será vital para o seu processo de enxergar-se. Quem é amado tem coragem de olhar-se no espelho da sua alma e daí reavaliar sua vida. E é assim que nasce o processo de mudança: alguém que teve coragem de apostar em mim, deu-me muito do seu amor e assim me ajudou a enxergar o que de bom existia dentro de mim.



Tem muita gente que precisa mudar a maneira de enxergar a vida. Há muito que só enxergam tristeza, sofrimento e castigo. Tantos são aqueles que pensam estar vivendo num inferno quando na verdade estão vivendo no paraíso e tantos outros pensam estar vivendo no paraíso quando na verdade estão vivendo no inferno. Onde faltam amor e tolerância falta o paraíso. Onde sobram desamor e condenação já existe o inferno. Ter consciência disso é essencial para quem quer viver neste mundo louco, mas sem se tornar um louco também.

Amor sem reservas

Às vezes fingimos não amar para não revelar nossas fragilidades. Amar tem a ver com ser frágil. É dizer pra alguém que precisamos da sua presença, do seu carinho, da sua compreensão.



O amor não sobrevive onde não existe a simplicidade. Ser simples é amar sem cobrar. Ser simples é amar sem esperar nada em troca. A simplicidade que o amor exige faz-nos descobrir a verdadeira face da felicidade, revelada somente àqueles que são dependentes de alguém.



Como é bom saber que não estamos levando esta vida sozinhos! Como é bom ter alguém ao nosso lado a nos apontar nossas qualidades e também os nossos defeitos. O amor que une dois corações traz consigo a capacidade de renovação. Já não sou somente eu, mas eu e outra pessoa a enxergar a vida com a mesma perspectiva, onde os corações batem num mesmo ritmo, num mesmo compasso.



Quem deixou de amar com medo de se apresentar em sua essência, não cresceu como pessoa. A idade chegou, mas o coração não amadureceu. Fugiu dos problemas da vida, mas não aprendeu a superar seus momentos de dor. Enterrou seu amor num lugar escuro, cercado por ferozes soldados chamados arrogância e viu sua vida passar sem entender ao certo o que estava acontecendo.



Diferente de quem não amou, aquele que soube expressar sua necessidade de estar com alguém, sua dependência em ser um com o outro; experimentou “na pele” os benefícios do amor. Hoje tem motivos de sobra pra sorrir. Consegue enxergar a vida de maneira sensata e não busca nada mais, além de alguém para amar.



Vejo muita gente que leva a vida sem amor. Vão destruindo aos poucos a capacidade que Deus nos deu de ser feliz fazendo alguém feliz. Fogem das situações que remetem ao outro. Pensam ser possível viver a vida sozinhos ou então inventam uma forma doentia de amar.



Quem quer ser feliz precisa ir ao encontro da felicidade de alguém. Quem quer experimentar o poder do amor na sua vida necessitará deixar de lado o amor-próprio que nos faz pequenos e descobrir no ser amado a razão do nosso viver. Se a nossa vida está meio sem sabor, talvez ela esteja carente do tempero chamado amor.



Quando a nossa vida for alimentada pelo amor, nada mais será capaz de nos abalar. Estaremos tão ocupados com a construção da felicidade de alguém que em pouco tempo também encontraremos a nossa.

Ousados ou covardes?

Quem não tem a coragem de encarar os problemas com ousadia e determinação, entrega-se facilmente ao desânimo e já não encontra mais uma saída eficaz. As dificuldades da vida fazem parte da vida. Ninguém passa por este mundo ileso de enfrentar momentos de tribulação. Alguns sabem olhar além da dor e conseguem respirar tranquilamente, mesmo quando os problemas se intensificam. Outros se consideram desafortunados e só enxergam desgraças quando a dor aparece. Perceber em qual grupo estou inserido é essencial para avaliar como tenho levado à vida.

Ninguém é obrigado a ser feliz, mas é um direito que nos cabe. Como escolhemos a roupa que vamos usar, a pessoa com quem iremos casar, também nos é dado a opção de escolher ser feliz ou não. E é bom lembrar que a felicidade é um estado de espírito e não um acumular de bens. Quem decide ser feliz tem a coragem de sorrir mesmo quando recebe a notícia de que, por exemplo, foi demitido. Não é ser insensível aos momentos de tristeza: é decidir que os momentos de tristeza não podem determinar a pessoa que queremos ser.

Eu não acredito muito nos remédios que “trazem” a felicidade. Penso se tratar de uma válvula de escape para escamotear os problemas. A solução mais eficaz para a resolução das dificuldades que a vida nos apresenta passa pela coragem de enfrentar as tempestades sem temer nem se abater. A coragem não é a falta de medo. Ter coragem é seguir adiante, mesmo com um friozinho na barriga. A ausência do medo nos estimularia a fazer muitas bobagens. Temer é normal. Paralisar por temer não traz resultado nenhum.

A vida passa depressa. Não temos duas chances de viver bem. Se não aproveitarmos para ser feliz hoje, chegaremos amanhã e nos daremos conta de que não vivemos. Enquanto ficamos esperando para que as outras pessoas mudem, o mundo mude e as oportunidades batam a nossa parte, o tempo vai passando e nos esquecemos de ser feliz, esperando que milagres aconteçam. Milagres acontecem, mas só na vida daqueles que descruzam os braços e partem para a batalha. A maneira mais fácil de sair frustrado desta vida é esperar que ela mude enquanto continuamos fazendo as mesmas coisas de sempre.

Tem gente que é ousada e segue a risca o seu projeto de felicidade. Estas pessoas não ficam paralisadas quando ouvem críticas ou palavras de condenação. Entendem que a nossa felicidade não pode está condicionada a opinião dos outros. Quem dá muita atenção às vozes da multidão não consegue ser feliz. Há pessoas que ficam paralisadas, queixando-se da má sorte ou da família que nasceu. São de pessoas assim que a infelicidade é amiga. Estes não entendem a dinâmica da vida, que nos envia os momentos de dor para nos mostrar que somos fortes o suficiente para superá-los. Tenho lutado para pertencer ao primeiro grupo. E você?

Leitura não muda sua vida

Estamos cansados de ler tantos livros de auto-ajuda. Cada dia são lançados diversos destes e ansiamos por conhecer seu conteúdo. Decoramos todas as regras da boa convivência e já temos na ponta da língua a solução para os problemas que afligem a sociedade... Sabemos demais e agimos de menos. Não precisamos mais de teorias. Chega de ler tanto. Precisamos agir. Arregaçar as mangas e colocar em prática aquilo que aprendemos nos livros. Não há mais espaço na estante para tantas teorias. A vida requer ação e isso o livro não vai fazer por você.


Sou um exímio defensor da leitura. Leio tanto que às vezes penso que sou louco (e quem não o é?). Ler é bom, faz bem para a alma e aumenta nosso vocabulário. A leitura de bons livros pode direcionar o destino da nossa vida. Mas não podemos parar ai. Conhecimento sem uso é burrice. Teimar em não aprender também o é.

Tem autor rico a custa de pessoas covardes. Vendem suas idéias para pessoas tolas que não entendem a dinâmica da vida. Decoram as leis do sucesso, mas não arregaçam as mangas e lutam por uma vida melhor. Gastam seu tempo lendo os livros “da moda”, mas não gastam seu tempo cuidando de si e das pessoas ao seu redor. Ler para fugir dos problemas da vida pode parecer mais cômodo, mas não paga as contas no final do mês.

Sugiro que tomemos uma nova posição diante daquilo tudo que já aprendemos. Já temos o material: só falta coragem para começar a construir a casa. E o resultado final dependerá única e exclusivamente de nós.

Imperfeito, mas feliz assim sou eu

Reconhecer-se falho é essencial para tornar-se forte. Não é viver errando como se tivesse acertado. É admitir o erro e para fazer diferente da próxima vez. A pessoa “perfeita” é pobre de sentimentos. Vive um perfeccionismo estragado que não deixa ninguém crescer. Quem admite suas fragilidades sabe colocar-se no lugar dos outros e não cobra aquilo que não pode dá.

O adágio popular nos diz: “vaso ruim não quebra”. Nada mais certeiro. Sou ruim, mas não quebro. Sou perfeito, mas vivo esfacelado. É simples entender esta dinâmica. A pessoa ruim (diferente de mau) sabe que estamos todos no mesmo barco e por isso sujeitos aos mesmos erros. Sabe da sua ruindade, admite suas fragilidades e não cobra nada de ninguém. Este tem mais chances de tornar-se bom. Aquele que é “sem defeitos”, ou seja, um vaso bom (sem o ser), quebra-se facilmente, pois cobra-se em demasia e pouco pode fazer para manter ativa a figura inacabada de super-herói.

Tenho raiva de mim pelas vezes que precisei mentir para esconder minhas fragilidades. Entendi que admitir o erro é essencial para se humanizar. Esconder-se atrás de uma “santidade de fachada” apaga em nós o senso de liberdade bem direcionada. Quem quer ser santo que admita seus erros. Quem diz não ter erro está condenado a morrer com seus erros.

Nem sempre teremos uma segunda chance para causar uma boa impressão nas páginas da vida. Tem erros que parecem apagar a admiração dos outros com relação a mim. Tem erros que me paralisam. Outros me motivam a querer desistir de viver. Erros não são sobremesas desejadas, mas comidas estragadas. É um querer acertar, mas errar. É errar por querer acertar.

Deixemos cair nossas máscaras. Todos nós precisamos parar de representar um personagem certinho e admitir nossas mazelas para então tratá-las e vê-se livre delas. Um resfriado pode continuar sendo somente um resfriado ou progredir para uma pneumonia. Ninguém pede para ficar gripado, mas só chegaremos a um estágio pior se assim o permitirmos. Os erros é a gripe. A ilusão da perfeição é a pneumonia.

Meu texto não é perfeito. Eu também não o sou. Mas continuo vivendo e acreditando em mim. Luto para mudar aquilo de estragado que o mundo insistiu em me apresentar e vou me tornando melhor à medida que deixo de me esconder, com medo dos erros aparecerem. Sou imperfeito sim, mas feliz.

Cisne ou patinho feio?

Precisamos ser mais criativos. Vivemos reclamando que a vida é chata, que ninguém parece reparar na gente, mas fazemos poucas coisas ou nada para sermos diferentes. Você já pensou em mudar alguma coisa em você? Que tal os cabelos? Ou quem sabe se você emagrecer um pouco? Talvez fique legal deixar o seu bigode crescer! Sei lá, existem tantas coisas bacanas pra gente fazer... Quem não é criativo com sua vida não aprende a olhar as coisas com admiração.
Não sou adepto desta onda de supervalorização do corpo que vemos nos meios de comunicação social. Hoje, tem mais valor aquele que tem corpo do que aquele que tem cérebro. Não que as pessoas “saradas” sejam burras. Acontece que têm muita gente “tapada” mesmo, que só pensam em cuidar do corpo e esquecem do intelectual. Quando os dois andam em sintonia, a vida se torna mais agradável.
Eu já experimentei mudar muitas coisas na minha vida. Gostei de muita destas mudanças. E percebi que algumas pessoas também gostaram. No inicio foi difícil. Sabe como é: estamos tão acostumados com a mesmice que quando o diferente chega ficamos parecendo o patinho feio.
Por falar em patinho feio, eu sempre gostei desta estória. Ouvia quase todos os dias quando era pequeno. Vivia me imaginando na pele do pobre patinho. Como é triste se achar o estranho do ninho. Procurar amor e aceitação nas pessoas que nos cercam e só encontrar desprezo e humilhação. O patinho feio era meu herói. No final ele encontrou sua dignidade. Descobriu que não era pato coizissima nenhuma. Era um cisne. Só faltava alguém que lhe revelasse isso. Quando este alguém apareceu, a vida do pobre patinho feio se transformou como num passe de mágica.
Penso que muitos de nós vivemos esta realidade do patinho feio. Somos importantes do jeito que somos, mas vivemos procurando as diferenças: o outro é mais alto, mais magro, mais claro, mais rico, mais bonito, mais, mais, mais, mais... Que coisa chata esta da comparação. Gosto quando a cantora Ziza Fernandes diz: “O inferno começa no se comparar”. E é verdade. Deus não nos fez iguais porque sabia que isso seria um tédio. As pessoas diferentes nos ajudam a valorizar as nossas diferenças.
Deixe-me voltar ao meu pedido do inicio deste texto: seja mais criativo com a sua vida. Não copie ninguém. Seja autentico. Seja você. Se você pára demais para olhar as qualidades dos outros esquece de reparar nas suas. Valorizar demais alguém é a atitude mais burra contra nós mesmos. Ter modelos é algo que nos faz bem, diferente de viver querendo ser alguém que você não é.
Acredito que você pode ser diferente sem ser estranho. Se você vai se considerar um patinho feio ou um cisne só depende de você. Eu quero ser o cisne, mesmo que muitas vezes as pessoas teimem em me apontar como um patinho feio.

Quem não tem teto de vidro...

Perfeição... Quem não a tem não pode desejar que o outro a tenha. Não sou perfeito e não me cobro além do que posso fazer. Busco melhorar no que for possível, mas não desejo diminuir no outro o mérito de querer ser melhor. Eu também preciso ser compreendido quando me lanço nas aventuras da vida e me esqueço do sagrado que há em mim. Quem cobra não se cobra e por não se avaliar nunca chega a melhorar.

Pessoas mal-amadas não aprenderam a amar. Feridas, vão ferindo quem passa ao seu redor. Não conseguiram crescer como pessoa e enxergam tudo com os olhos da ruindade. Lançam palavras malditas e destroem no outro a certeza de que podemos sim melhorar, basta querer e começar a mudar.

Loucura é estampar uma perfeição que não existe. Chega de fingir ser infalível. Super-heróis só existem nas histórias da tv. Eu erro, você erra e a vida continua. Os erros não diminuem a pessoa que somos. Estes são até bem vindos quando nos ajudam a perceber nossa capacidade de melhorar. Errar, admitir o erro e querer melhorar: eis o segredo das pessoas que aprenderam a viver, sem julgar, sem condenar.

Eu me arrependo de ter julgado tanto os outros sem ter cobrado um pouco mais de mim. Já elaborei “veredictos” para pessoas errantes sem ao menos conhecer o porquê dos seus erros. Caí na burrice de aumentar defeitos ocultos ao invés de ajudar o outro a se tornar melhor. Tenho o poder de transformar vidas, mas muitas vezes preferi destruir esperanças. Sou semeador, mas nem sempre semeei o que há de melhor em mim.

Gente vale mais do que seus erros. Pessoas têm histórias tão difíceis quanto a minha. Todos caminhamos rumo à perfeição, mas ela não existe na vida de quem a julga ter. Quanto mais percebemos nossa imperfeição, mais oportunidade temos de cobrar menos dos outros e consertar o leme da nossa vida para chegarmos ileso ao outro lado do rio.

Ressentimento

Ressentir significa sentir mais uma vez. É recordar a dor de ontem como se ela fosse de hoje. É olhar para as pessoas e situações que nos machucaram com lentes de aumento. É “tomar veneno e esperar que o inimigo morra”. (W.Shakespeare)
O ressentimento é um ódio mortal que nos impede de olhar a vida com otimismo. Não tem sentido ficar remoendo algo que já passou. É normal sentir dor no momento da traição, das palavras malditas. O que não é normal é ficar vivendo esta dor durante toda vida. Se você foi magoado por alguém, guardar raiva desta pessoa não a fará “pagar” pelo seu erro. O rancor que se instalou no seu coração só fará mal pra você mesmo. Perdoar a pessoa, entender que ela é um ser humano e até olhá-la com gestos de piedade são atitudes positivas para impedir o ressentimento.
Do que adianta ficar com raiva daquela pessoa que lhe traiu? Com certeza ela nem se lembra mais de você. Está lá, “curtindo seu novo amor” e você fica aí, preso ao erro de alguém. Perdoe-a e siga caminhando, com paz no coração, sem guardar mágoa alguma. Se um dia essa pessoa voltar, você até poderá dizer como se sentiu, mas nunca ficar “arquitetando” em sua mente, planos para se vingar dela.
O segredo para quem quer impedir o ressentimento é não esperar demais das pessoas. Alguém disse que “só Deus não decepciona”. E é isso mesmo! Nós, seres humanos, somos falhos demais. Repare quantas vezes você queria ter evitado disser ou fazer certas coisas que magoariam alguém, mas na hora da raiva acabou colocando sua ira toda pra fora? Na próxima vez em que alguém lhe decepcionar, espere a “poeira baixar” e procure entender o outro. Não seja especialista em respostas imediatas. O silêncio é e sempre será o sustento dos fortes. Quem é fraco quer mostrar sua força. Quem é forte quer mostrar seu amor.
É claro que eu também já me magoei. Foi difícil perdoar, entender como alguém poder ser tão cruel a ponto de fazer coisas inacreditáveis aos nossos olhos. Mas quero lhe dizer como consegui superar esses momentos de dor. Tem coisas que não dá pra perdoar. Elas têm que ser compreendidas. Não queira perdoar, queira compreender. Quando você entender que o outro não é perfeito ficará mais fácil olhar para o erro dele sem se ressentir. Foi exatamente isso que Jesus fez no alto da Cruz. Pediu a Deus que perdoasse seus carrascos. Jesus compreendeu. Deus perdoou. Jesus não se ressentiu porque sabia olhar além dos erros das pessoas. Enquanto olharmos os erros, não perdoaremos as pessoas.
Eu entendo a sua dor. Não quero minimizar seu sofrimento. Quero abrir a sua visão para esta realidade sensacional: perdoar é livrar-se do veneno mortal que vai nos matando aos poucos. “O seu passado é um moinho que não move o seu coração nem o coração de Deus”. (Pe. Fábio de Melo)
Você pode ter chorado, sofrido bastante, mas agora CHEGA! Não vale à pena ficar preso aos erros das pessoas. Perdoar não significa esquecer. Não é possível deletar nossas dores existenciais. Perdoar é olhar para o passado sombrio sem sentir dor. Se a pessoa que lhe magoou decidiu se fazer de vítima, resta a você tomar a posição de vencedor. E o vencedor é aquele que perdoa quem pensa que está certo. Não obrigue as pessoas a lhe perdoar. Queira antes, perdoar a todos. Olhar para todos e vê além das aparências. Quando agimos assim, descobrimos que as pessoas não são más. As pessoas são mal amadas e por isso não conseguem amar.